Atividades de Português
- MINI GRAMÁTICA PORTUGUÊS - 1 CICLO.
- ATIVIDADES DE ORTOGRAFIA PRONTAS PARA IMPRIMIR.
- AULA DE GRAMÁTICA 9º ANO.
ORTOGRAFIA NA SALA DE AULA.
Atividades de PortuguêsSUMÁRIO
Apresentação
A norma ortográfica do português: o que é? para que serve? como está organizada?
Artur Gomes de Morais
O aprendizado da norma ortográfica
Lúcia Lins Browne Rego
O diagnóstico como instrumento para o planejamento do ensino de ortografia
Artur Gomes de Morais
Ensinando ortografia na escola
Alexsandro da Silva, Artur Gomes de Morais
Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
Kátia Leal Reis de Melo
Dicionário: prazer em conhecê-lo
Artur Gomes de Morais, Kátia Maria Barreto da Silva Leite, Alexsandro da Silva
(Orto)grafia e revisão textual: os impasses da correção
Kátia Maria Barreto da Silva Leite
O livro didático de português e a reflexão sobre a norma ortográfica
Alexsandro da Silva, Artur Gomes de Morais
APRESENTAÇÃO
A proposta deste livro, como indica o título, é tecer considerações sobre o ensino e a aprendizagem da ortografia na sala de aula.
Os resultados das pesquisas têm contribuído para a compreensão de questões educacionais diversas, mobilizando mudanças na prática escolar e novos posicionamentos entre os profissionais da educação. No entanto, o ensino da ortografia ainda continua sendo um grande desafio para os professores, por se tratar de uma das principais dificuldades de aprendizagem do período pós-alfabetização, do ponto de vista dos alunos.
Apesar da rápida difusão e grande aceitação que as idéias divulgadas por aquelas pesquisas tiveram dentro do âmbito educacional, percebe-se que, em algumas áreas, como é o caso da ortografia, o panorama não parece ter mudado muito sob a influência dessa nova postura pedagógica, permanecendo um ensino calcado numa perspectiva mecanicista, ao mesmo tempo que a aprendizagem desse conteúdo tem constituído lugar comum entre as queixas dos professores.
A partir de diversos estudos realizados em diferentes línguas, tem-se evidenciado que a aprendizagem da ortografia não pode ser considerada como algo calcado fundamentalmente na memória, mas que antes é um processo complexo, no qual têm um papel importante não só as características do objeto de conhecimento, a norma ortográfica, como também aquelas ligadas ao aprendiz, sejam estas as suas habilidades, sejam estas as oportunidades de exposição à ortografia.
Os avanços na psicologia cognitiva e na psicolingüística têm contribuído para uma compreensão de como o “encontro” entre esses dois elementos, que ocorre através da interação mediada pelo professor, pode se dar de maneira mais satisfatória. Nesta coletânea, enfocaremos questões relativas ao processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, ao encontro entre o aprendiz, um objeto de conhecimento de características específicas – a ortografia – e o professor.
Sendo assim, as temáticas abordadas neste livro buscam trazer contribuições relevantes e atuais, de modo a favorecer, de fato, uma inovação do ensino e do aprendizado da norma ortográfica da língua portuguesa na escola.
No primeiro capítulo, “A norma ortográfica do português: o que é? para que serve? como está organizada?”, Artur Gomes de Morais discute o que é ortografia e que papel ela cumpre, concebendo-a como uma convenção social necessária. O autor também analisa como está organizada a norma ortográfica de nossa língua, distinguindo o que o aluno pode compreender – as regularidades – do que ele precisa memorizar – as irregularidades.
O segundo capítulo, “O aprendizado da norma ortográfica”, de Lúcia Lins Browne Rego, é dedicado à discussão de alguns estudos desenvolvidos nas últimas décadas – a partir de uma perspectiva construtivista – sobre como as crianças aprendem a norma ortográfica do português. Os resultados desses estudos são analisados considerando suas contribuições ao ensino da ortografia, tema que será discutido nos capítulos que dão continuidade a este livro.
No capítulo seguinte, “O diagnóstico como instrumento para o planejamento do ensino de ortografia”,Artur Gomes de Morais discute como os professores podem diagnosticar, através de instrumentos como textos espontâneos e notação de textos ditados, os conhecimentos ortográficos de seus alunos, a fim de acompanhar os seus avanços e dificuldades e organizar um ensino que atenda às reais necessidades de sua turma
O quarto capítulo, “Ensinando ortografia na escola”, de Alexsandro da Silva e Artur Gomes de Morais, analisa o ensino da norma ortográfica na escola. Os autores assumem a necessidade de ensinar a ortografia sistematicamente – tratando-a como um objeto de reflexão – e apresentam considerações sobre algumas questões que muitos professores se colocam: quando começar a ensinar ortografia? O que ensinar? Como seqüenciar o ensino de ortografia?
Kátia Leal R. de Melo, no quinto capítulo, “Refletindo sobre a ortografia na sala de aula”, apresenta e discute alternativas didáticas para o ensino da norma ortográfica em sala de aula.Aautora defende que o ensino da ortografia se desenvolva através de seqüências didáticas que estimulem o aluno a analisar, a refletir, a discutir e a explicitar o que sabe sobre a norma, a fim de que ele possa tomar consciência de suas regularidades e irregularidades.
No sexto capítulo, “Dicionário: prazer em conhecê-lo”, Artur Gomes de Morais, Kátia Maria Barreto da Silva Leite eAlexsandro da Silva dedicam-se à discussão do uso do dicionário. Os autores analisam o dicionário em si – o que é, para que serve, como está organizado –, discutem alguns critérios que poderiam ser adotados em sua escolha e tecem considerações sobre seu emprego em sala de aula, particularmente no ensino e na aprendizagem da ortografia.
Em “(Orto)grafia e revisão textual: os impasses da correção”, sétimo capítulo, Kátia Maria Barreto da Silva Leite analisa a questão da revisão de textos. A autora discute questões como: devemos corrigir os erros ortográficos nos textos escritos pelos alunos? Para que corrigir? Qual o lugar da ortografia na revisão de textos? Como não converter a correção ortográfica em censura às produções dos alunos?
Alexsandro da Silva e Artur Gomes de Morais destacam, no oitavo capítulo, intitulado “O livro didático de português e a reflexão sobre a norma ortográfica”, a necessidade de analisarmos o tratamento dado nos livros didáticos ao ensino e à aprendizagem da ortografia. Os autores apresentam e discutem aspectos que poderiam ser adotados nessa análise, ilustrando com exemplos extraídos de livros didáticos.
Ao escrever esta coletânea, os autores que a conceberam tiveram em comum o interesse de compartilhar com os professores a necessidade de ensinar e aprender ortografia pensando, discutindo, refletindo e não apenas memorizando. Contribuir com esse desafio foi a meta que assumiram ao escrever este livro.
A norma ortográfica do português: o que é? para que serve? como está organizada?
Artur Gomes de MoraisHá alguns anos, desenvolvemos uma pesquisa (MORAIS; BIRUEL, 1998) em que investigávamos como 65 professoras de 2ª., 3ª. e 4ª. séries da rede pública municipal de Recife estavam desenvolvendo o ensino de ortografia. Quando lhes perguntamos sobre os sentimentos pessoais que tinham vivido, como alunas, quanto ao aprender a escrever conforme a norma, vimos que poucas mestras demonstraram tranqüilidade. A maioria dos depoimentos mencionava coisas como “sentimento de pavor, medo, angústia”, “era um tema difícil, pela exigência de muitas regras” ou “eu achava muito arbitrário, pois as exceções confundem o geral”.
As docentes também julgavam que o ensino de ortografia mudou, expressando, por exemplo, que “antes era mais rigoroso, exigia-se mais” ou que “atualmente o professor procura valorizar o trabalho do aluno, seja qual for a sua produção, sem criticá-lo, mostrando a escrita correta, mas de modo a não prejudicar sua criatividade”. No entanto, ao relatar suas práticas em sala de aula, mencionavam sobretudo a tradicional estratégia de fazer ditados – de textos ou listas de palavras – com a posterior correção coletiva no quadro.
Livro Ortografia na sala de aula em PDF completo em: Slideshare.
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